"A criação, que é a passagem do indeterminado ao determinado, permanece em si mesma inacessível à razão. Do ponto de vista lógico o tempo zero é um instante no tempo que ainda não existe. Do ponto de vista físico, encontramos numa catástrofe conceitual: zero é preciso demais para ser quântico.(...) uma auréola de indeterminação envolve o começo. O próprio tempo flutua, porque 'quântico' é sinônimo de 'flutuante'. Assim, ao passo que o universo tende ao 1, a linguagem tende ao zero.
O tempo é a medida da mudança."
Michel Cassé, in a Religação dos Saberes, (org.) Edgar Morin.
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