sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Lua e suas crateras

Matéria publicada na globo.com/notícias

Dados coletados por uma missão da Nasa que está fazendo um mapeamento da superfície da Lua apontam que crateras que ficam na região do polo sul do satélite podem ser alguns dos locais mais frios de todo o Sistema Solar.
Segundo as primeiras informações coletadas pela sonda Lunar Reconnaissance Orbiter (LRO), que foi lançado no último dia 18 de junho, as temperaturas em regiões que nunca recebem a luz do Sol no interior dessas crateras podem chegar a -238º C, pouco acima do zero absoluto, -273,15 ºC.

"Essas temperaturas extremamente frias estão, até onde sabemos, entre as menores que já foram registradas em qualquer outro lugar do Sistema Solar", diz David Paige, responsável pelo Diviner Lunar Radiometer Experiment, um dos sete instrumentos a bordo da missão e que está fazendo um mapeamento térmico da Lua.

Gelo

Segundo os pesquisadores, o fato de existirem esses locais com temperaturas extremamente baixas na Lua aumenta a probabilidade de que haja água e outros componentes congelados no interior dessas crateras.
A eventual presença de gelo nelas pode ser de extrema importância para futuras missões tripuladas ou não à Lua, principalmente se elas durarem longos períodos.
Isso porque a descoberta permitiria reduzir a quantidade de material que precisaria ser transportado da Terra em futuras missões.

sábado, 12 de setembro de 2009


Cientistas da Nasa (Agência Espacial Americana) encontraram o aminoácido glicina, fundamental na formação de proteínas por seres vivos, em amostras de um cometa.

Esta é a primeira vez que se encontra um aminoácido neste tipo de corpo celeste.

As proteínas são formadas por combinações de aminoácidos e, por sua vez, são usadas na formação de várias estruturas dos organismos vivos, de cabelos a enzimas.


"Nossa descoberta sustenta a teoria de que alguns dos ingredientes para a criação da vida se formaram no espaço e foram trazidos à Terra pelo impacto de meteoritos e cometas", disse Jamie Elsila, cientista no Centro de Voos Espaciais da Nasa em Greenbelt, no Estado de Maryland, e principal autor de um estudo sobre o assunto, a ser publicado na revista Meteoritics and Planetary Science.

Para Carl Pilcher, diretor do Instituto de Astrobiologia da Nasa, a análise da equipe de Elsila reforça o argumento de que a vida no universo "pode ser mais comum do que rara".

Coleta especial

As amostras foram colhidas do cometa Wild 2 pela espaçonave Stardust.

Em janeiro de 2004, a nave atravessou a densa camada de gases e poeira que cercam o núcleo gelado do Wild 2.

Na passagem, uma estrutura coletora especial, parecida com uma raquete de tênis e preenchida com um gel espumoso, capturou as amostras das substâncias.

Essa estrutura foi então colocada em uma cápsula que foi separada da Stardust e enviada à Terra com um paraquedas, chegando em janeiro de 2006.

Desde então, os cientistas vinham analisando as amostras para tentar aprender mais sobre a formação de cometas e do nosso Sistema Solar.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009